No dia de hoje (31) completa-se 57 anos da queda do presidente João Goulart. Para a esquerda, essa data é vista como o aniversário de um golpe de Estado e marca o início de uma “brutal ditadura”, que duraria 21 anos. Mas para a direita, essa data é um marco histórico na vida dos brasileiros e é comemorada como o aniversário de um contra-golpe de Estado, que livrou o Brasil do mal do Comunismo.
Opiniões divergentes à parte, resolvemos fazer um paralelo entre o período do Regime Militar no Brasil e a ditadura dos Castro em Cuba.
De acordo com dados apresentados pela dita “Comissão Nacional da Verdade”, ao longo dos 21 anos que durou o Regime Militar, cerca de 434 pessoas teriam sido mortas ou desapareceram em consequência das ações do Estado brasileiro.
No entanto, a ditadura dos Castro, que é idolatrada por muitos dos críticos do Regime Militar, foi responsável por um morticínio absurdamente maior. Segundo dados conservadores, apresentados pela revista Veja em 2012, a ditadura cubana seria responsável pela morte — direta e indireta — de mais de 100 mil seres humanos.
Uma parcela considerável das vítimas da ditadura cubana foi simplesmente fuzilada sumariamente, sem direito à defesa. O próprio Che Guevara, uma das grandes figuras da ditadura do país caribenho, admitiu publicamente durante sessão na ONU que pessoas estavam sendo assassinadas naquele país.
“Fuzilamentos? Sim, fuzilamos e continuaremos fuzilando sempre que necessário. Nossa luta é uma luta [dedicada] à morte” — disse Che, visivelmente orgulhoso do fato.
Uma outra imensa parcela — a maioria — das vítimas da ditadura cubana morreram tentando fugir do país.
Um outro fator que chama muito atenção na comparação entre o regime de exceção brasileiro e o regime de exceção cubana são os tamanhos populacionais dos respectivos países. O Brasil sempre teve uma população dezenas de vezes maior que a de Cuba, mas a ditadura cubana conseguiu a incrível façanha de matar — direta e indiretamente — centenas de vezes mais que o Regime Militar brasileiro. Se os militares brasileiros tivessem sido tão sanguinários quanto os comunistas cubanos, o Regime Militar teria matado — direta e indiretamente — um número próximo dos 2 milhões de seres humanos. Mas como a história mostra, apenas possíveis 434 pessoas (muitos guerrilheiros) tiveram suas vidas ceifadas ao longo dos 21 anos do regime de exceção brasileiro.
Por fim, toda essa comparação nos leva à seguinte pergunta: “os amantes da ditadura cubana têm moral para criticar o Regime Militar?”