O Supremo Tribunal Federal (STF) deve receber uma ação protocolada pelos senadores Jorginho Mello (PL – SC), Marcos Rogério (DEM-RO) e Eduardo Girão (Podemos-CE) contra a participação de Renan Calheiros na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que irá apurar supostas omissões por parte do governo federal no tocante à pandemia.
Os parlamentares argumentam que Renan não pode adentrar a questão por ser pai do governador do estado de Alagoas, Renan Filho. O político alagoano foi designado nesta terça-feira (28) para relatoria do colegiado.
Você pode se interessar: Abraham Weintraub: ‘Estou disposto a impedir que o Brasil vire a Venezuela’
Em entrevista ao programa Opinião no Ar, do apresentador Lacombe, o senador Jorginho defendeu que Renan deveria ser declarado impedido de participar da Comissão.
“Não pode participar de um julgamento, da instrução de um processo se tiver parente até o terceiro grau. E nós sabemos que o senador Renan Calheiros tem seu filho, que é governador de Alagoas. Mesmo sendo um homem experiente, entendemos que o senador Renan não poderá exercer com plenitude seu mandato como membro da CPI. Isso é técnico, é jurídico, é impedimento legal. Isso não pode. Não force a barra”
Leia também: PT pede moção de repúdio contra Bolsonaro após foto do presidente com “CPF Cancelado” junto à Sikêra
Na opinião de Girão, a presença de Renan poderá significar a blindagem de alguns políticos na CPI.
“Não tem como se fazer meio relatório. Na hora que surgir a questão do governador de Alagoas, que é filho dele, a tendência é de blindagem. A tendência é que vire pizza para alguns. Acredito que precisamos investigar sim o governo federal. Mas estados e municípios não podem ser blindados. Esse conflito de interesse é indissolúvel nesse momento”.