Em declaração à Folha de S. Paulo, João Pedro Stédile, fundador e líder do Movimento Sem Terra (MST), reconheceu que a organização não anda “ocupando” propriedades rurais por medo de uma eventual reação do governo Bolsonaro.
“Quando você não resolve um problema social, não significa que ele desapareceu. O capitão insano que está aí vive dizendo: ‘Viu como não tem mais ocupação?’. Mas não significa que não há mais sem-terra. Ainda existem no Brasil 4 milhões de famílias no campo que gostariam de ter terra. E que não são loucas de fazer ocupação, de virar bucha de canhão para a polícia, para esses insanos que estão aí. A luta para a massa camponesa está difícil. Assim como para o operário da cidade está difícil fazer greve” — afirmou o líder do MST.
Stedile ainda afirmou que o MST já está em campanha pela eleição de Lula e culpou a burguesia pelo fato de Bolsonaro ter chegado à Presidência da República. Para ele, o presidente precisa ser afastado imediatamente.
“Acho que o necessário para sairmos deste calvário é afastar logo o Bolsonaro, salvar vidas e ajudar as pequenas empresas” — disse.