O ex-secretário de Comunicação do presidente Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten, foi ameaçado de prisão pelo senador Renan Calheiros, relator da CPI da Pandemia. O caso aconteceu nesta quarta-feira (12), durante sessão da comissão, na qual o ex-integrante do governo é ouvido como convidado.
Inicialmente, Omar Aziz, presidente da CPI, afirmou que Fábio Wajngarten poderia ser dispensado e obrigado a retornar na condição de investigado, caso não cooperasse com o direcionamento imposto por meio das perguntas de Renan Calheiros. Após breve intervalo, Renan ameaçou prender Wajngarten, causando reação por parte dos senadores Marcos Rogério e Eduardo Girão.
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Calheiros disparou:
“Esse depoimento tem se encaminhado para um terreno muito ruim. Aqui, tiveram dois ex-ministros que confirmaram a existência da consultoria paralela. Feita a pergunta ao depoente, ele disse desconhecer a existência, mas é o contrário. Vossa senhoria é a prova da existência dessa consultoria. É a primeira pessoa que incrimina o presidente Jair Bolsonaro, pois iniciou uma negociação se dizendo em nome do presidente”, disse ele.
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Renan ainda acrescentou:
“Queria sugerir requisitar o áudio da Revista Veja para verificarmos se o secretário mentiu ou não mentiu. Se ele mentiu, ele terá desprestigiado e mentido ao Congresso Nacional, o que é um péssimo exemplo. Se ele mentiu à Veja e a esta comissão, vou requerer a Vossa Excelência a prisão do depoente. Apenas para não dizerem que não estamos tratando a coisa com a seriedade que a investigação requer”
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Marcos Rogério, por sua vez, resolveu retrucar as declarações de seu colega.
“Não cabe ao relator ou a qualquer integrante desta CPI ameaçar o depoente de prisão. Vossa excelência deveria saber que a prisão só pode acontecer em flagrante. Nem poderia, posteriormente, em razão de eventual contradição. Não cabe. Não cabe. Não cabe! Isso é abuso de autoridade, senador Renan Calheiros! Quando o depoimento não agrada o senhor, o senhor descarta, desqualifica (…)”