O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, concedeu uma entrevista ao jornal da CBN, nesta sexta-feira (21), onde voltou a externar a sua colocação contrária a adoção do voto impresso no Brasil. No ensejo, ele afirmou que caso a ação seja implementada, “nós vamos judicializar o resultado das eleições”.
Barroso salientou que, com este modelo, vários candidatos que vierem a perder irão solicitar recontagem e conferência. “Em um país que judicializa tudo, nós não precisamos disso. Nós queremos que o poder emane das urnas e não de um juiz”, afirmou.
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Na opinião do ministro, a ação não irá acabar com indagações acerca de fraudes nos pleitos. Além disso, Barroso destacou que, fora os custos e do retrocesso, existem também o risco de quebra de sigilo e da judicialização, e que a mudança “não servirá para nada”.
Ademais, o ministro ressaltou que nos Estados Unidos, onde o voto impresso é presente, o ex-presidente Donald Trump “diz até hoje que ganhou as eleições”.
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Por fim, o presidente do TSE ainda assestou que a volta do voto impresso significaria um retrocesso. Ele declarou que seria como ter que voltar a frequência uma agência bancária para fazer uma transferência ou então voltar a fabricar fichas para usar o orelhão. “É simplesmente dar um passo para trás”, afirmou.