Na manhã desta segunda-feira (07), o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, se uniu ao críticos dos jogadores da Seleção Brasileira e o técnico Tite, ex-comandante do Corinthians, que estão cogitando não participar da Copa América.
O general disparou contra o que ele classificou de disfuncionalidade (mau funcionamento, incoerência, contradição) na discussão sobre a participação da seleção na Copa América no Brasil.
“Não vou entrar nessa discussão. Eu acho que faz parte dessa disfuncionalidade que nós estamos vivendo. Eu sou do tempo que o jogador de futebol quando era convocado para seleção brasileira era considerado uma honra. O técnico, ele não quer mais, o Cuiabá está precisando de um técnico, não tá? Vai lá, sai, pede o boné. Acho que isso é uma discussão nesse momento totalmente disfuncional” — criticou Mourão.
Para o vice-presidente, a discussão não faz sentido, uma vez que outros torneios internacionais ocorrem no Brasil durante a pandemia. “Porque estamos com ‘n’ torneiros sendo realizados aqui dentro do Brasil. Nós temos inclusive torneio de ginástica olímpica, pré-olímpica, com delegações de tudo quanto é lugar competindo aqui em ambiente fechado. Ninguém falou nada.”
Mourão lamentou, ainda, a “politização” do torneio. “Não vale a pena [misturar política e futebol]. Vamos lembrar que em outros momentos, durante o período que havia uma contestação maior aqui no Brasil durante o governo de presidentes militares, ninguém deixou de servir a seleção brasileira. Bobagem isso aí” — disse o general.
Sobre o afastamento temporário do presidente da CBF, Rogério Caboclo, acusado de assédio moral e sexual contra uma ex-funcionária da entidade, Mourão lembrou que problemas na alta cúpula da confederação não são novidades.
“Isso é um assunto interno da CBF. Um afastamento por um motivo de baixo nível, vamos colocar assim. Isso é problema interno da confederação, alias, não é novidade. Já tivemos outros presidentes da CBF com problemas”.