Nesta terça-feira (8), no decorrer dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o senador Marcos Rogério externou sua insatisfação com o uso político da comissão e com a postura do comando da Comissão. Durante seu discurso, Marcos Rogério foi interrompido pelo presidente da Comissão, Omar Aziz, que se irritou com o seu pronunciamento.
Rogério apontou para os excessos comumente observados nos depoimentos de testemunhas ligadas ao governo Bolsonaro, chamando a atenção para a grosseria e as estratégias de constranger os depoentes e colocar palavras em suas bocas. O senador afirmou que o “episódio mais tétrico” foi o depoimento da dra. Nise Yamaguchi, e disse: “esta CPI perdeu, e muito, com a maneira como foi tratada a dra. Nise”.
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Falando acerca da ida do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, à CPI, o congressista destacou que o ministro deixou seu trabalho para ficar à disposição da CPI, ouvindo perguntas repetidas à exaustão. O senador apontou que a CPI não busca a verdade, mas há uma tentativa clara de constranger o ministro na relação com seu superior hierárquico, o presidente da República, Jair Bolsonaro.
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Ademais, o parlamentar satirizou ainda as “fases” pelas quais a comissão já passou e indagou as causas para singularizar a realização da Copa América quando nenhuma das outras competições esportivas em curso gerou qualquer preocupação do Senado com a possibilidade de contaminação de atletas, equipes técnicas ou jornalistas.