Na live desta quinta-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro voltou a subir o tom, confrontando Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Novamente, o grande ponto de tensão entre o ministro do STF e o presidente da República é a possibilidade do Congresso aprovar o voto impresso. Em resposta às últimas declarações do magistrado acerca do tema, o presidente votou a dizer que, caso o Congresso aprove o voto impresso, o Brasil o terá.
O mandatário ainda disse que tem convicção de que há fraudes nas urnas eletrônicas. Aproveitando o ensejo, também deixou subentendido que poderá agir para que o voto impresso seja adotado no Brasil caso passe pelo crivo do Congresso.
“Agora, eu sou obrigado a agir. Eu respeito a democracia. Eu respeito a Constituição.Tem gente que não respeita aqui no Brasil. Eu vi o ministro Barroso falando o quê? ‘Se o Congresso aprovar uma lei’ — Não é lei, Barroso. É uma proposta de emenda à Constituição. Não é lei. É uma proposta de emenda à Constituição. Na Câmara, são 308 [votos de deputados] no mínimo; no Senado, se eu não me engano, são 49 a 51 [votos de senadores]. Se um coro qualificado desses, de deputados e senadores, aprovar a PEC e depois, numa sessão especial, promulgar a PEC, o Barroso disse que, se for judicializado, nós teremos voto eletrônico. Não, Barroso! Não! Se promulgar, teremos eleições, sim, com o voto auditável. E ponto final” — disparou o presidente.
Na sua fala durante a live, o presidente ainda acusou Barroso de ter posições ideológicas contrárias a maioria dos brasileiros. Para tanto, ele citou a liminar do ministro que suspende a desocupação de propriedades e impede o despejo de locatários por em certas circunstâncias. A medida tem validade de 6 meses.
Confira a declaração do presidente: