Neste sábado (26), o vice-presidente da CPI da Pandemia, senador Randolfe Rodrigues, acusou o presidente Jair Bolsonaro de cometer crime de prevaricação. Para o parlamentar, não há situação “mais grave do que a que nós ouvimos hoje”.
“Não há, na história das comissões parlamentares de inquérito, nas duas circunstâncias de impeachment que nós tivemos na história republicana desde 1988, algo tão grave. Basta se reportar aos dois impeachments que já houve nos últimos 30 anos. Não chega a um terço da gravidade do que estamos vendo nesta CPI e do que nós vimos no dia de hoje” — disse o parlamentar, em entrevista ao Uol.
A declaração do senador foi feita com base no depoimento dos irmãos Luis Miranda, deputado federal, e Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, à CPI da Pandemia.
O vice-presidente da CPI da Pandemia acredita que o presidente da República ignorou os alertas realizado pelos irmãos Miranda acerca de possíveis irregularidades nas tratativas para aquisição da Covaxin, imunizante indiano contra o novo vírus.
“O senhor presidente da República recebeu a comunicação de um fato criminoso. Não tomou a devida providência para instaurar o inquérito. Não tomou a devida providência para deter o continuado delito. Mais grave que isso: o senhor presidente da República, através de representantes do seu governo, dias depois, quando os depoentes vêm a essa comissão parlamentar de inquérito, tenta intimidar as testemunhas que vão depor nesta CPI” — declarou Rodrigues.