novembro 24, 2024

Bolsonaro retruca críticas, defende eleições democráticas e afirma: ‘Os bons tinham que ter a mesma audácia dos maus’

Na manhã desta terça-feira (27), o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, no decorrer de um bate-papo em sua saída do Palácio da Alvorada, desabafou acerca das críticas que vem recebendo acerca da incompreensão do funcionamento do governo federal, e a oposição ao voto impresso aiditável.

No ensejo, o Chefe do Poder Executivo assestou:

“Ontem eu vetei um projeto, muito bom. Fui obrigado a vetar, porque, quando o parlamentar não apresenta fonte de custeio, se eu sancionar, estou incurso em crime de responsabilidade. Daí eu veto, apanho porque vetei. Falta de conhecimento do pessoal. Agora, se votar uma coisa lá e o presidente sancionar aqui resolvesse esses assuntos, resolveria os assuntos do Brasil todo, quiçá do mundo todo. É só votar lá, eu sancionar aqui, tá resolvido. Um pedaço de papel, se não tiver responsabilidade no que está escrito nele, não ajuda em nada a gente. Tratava do câncer esse projeto, e estou apanhando da imprensa porque vetei. Mas o parlamentar não indicou a fonte de custeio. Quem vai pagar a despesa? Igual eu vetei, um tempo atrás, internet para todo mundo. “Ah, ele vetou!” A fatura estava em torno de 3,5 bilhões não previstos no orçamento. Alguém vota lá um salário mínimo de 10 mil, eu sanciono aqui, tá resolvido o assunto. É isso mesmo? É assim que faz? Então, falta… Tem que apresentar a fonte de custeio, pô. Dinheiro vem de aumentar o imposto ou criar um novo imposto. O cara faz lá, faz demagogia, e vem com a fatura para eu pagar aqui. O parlamentar pode votar o que ele bem entender, sim ou não, não é questionado. Ele é inviolável por qualquer palavra, opinião e voto. Agora, se eu sancionar ou vetar o que vem na minha cabeça, eu estou incurso em crime de responsabilidade”.

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Ainda em diálogo com apoiadores em Brasília, o mandatário acrescentou:

“É igual à questão do fundão. O fundão foi criado em 2017, eu não era presidente, era o presidente Michel Temer. E toda vez que tem eleições, o que a lei manda fazer? Pega o valor anterior, bota a inflação em cima, é o novo fundão. Então, num caso desses, eu não posso vetar, porque, se eu vetar, estou deixando de cumprir a lei de 2017. Neste caso, no fundão, extrapolaram. Então, eu posso vetar. Vetar o quê? O excesso. Já estão me criticando. De vez em quando, dá vontade de falar: vocês merecem os presidentes que tiveram anteriormente. Merecem. Porque fazer as coisas, sem responsabilidade…. Não é fácil”.

Jair comparou:

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“É igual à questão: estão contra o voto democrático, agora. O que é o voto democrático? Você tem que ter certeza de que, pra quem você votou, o voto foi para aquela pessoa. Estão contra por quê? Por que os mesmos que tiraram o Lula da cadeia, os mesmos que tornaram elegível, vão contar os votos. Precisa falar alguma coisa mais? Por que são contra o voto democrático, aquele que tem papel do lado. Ninguém vai escrever nada no papel. O papel vai estar lá na maquininha, você confere o papel, o papel cai dentro da urna. Você não bota a mão no papel. E aí alguns falam de retrocesso”.

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