À véspera do 7 de setembro, Marco Aurélio admite: “Penso que o Judiciário esticou a corda”

Com a promessa de uma manifestação gigante pelos apoiadores do governo do presidente Jair Bolsonaro, diversas figuras políticas decidiram falar sobre os atos. E um dos que se manifestou a respeito do tema foi o ex-ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao portal Metrópoles, ele disse esperar “temperança e compreensão” de Bolsonaro.

“Espero [de Bolsonaro] temperança, compreensão e entendimento para se trabalhar ao povo brasileiro. Nós temos de presumir o que normalmente ocorre. É suficiente para nos preocupar a crise de saúde e a crise social; não precisamos de crise política. Espero que ele, que tem mais um ano e meio de mandato pela frente, simplesmente trabalhe e faça o melhor para o Brasil” — apontou.

Sobre os atos previstos para essa terça-feira (07), o ex-ministro afirmou que elas fazem parte da democracia, mas se posicionou contra qualquer tipo de “agressividade”.

“O que é condenável é a agressividade à pessoa, aos prédios, com depredações. Manifestações fazem parte da democracia” — destacou.

Marco Aurélio Mello também criticou o inquérito das Fake News, relatado pelo ministro Alexandre de Moraes. Para ele, a “corda foi muita esticada, e foi esticada de ambos os lados. Penso que o Judiciário também esticou a corda”.

“Esse inquérito natimorto, que votei contra, foi instaurado pela vítima, não houve distribuição, não houve sorteio; dentro dele, tudo cabe (…) Penso que deve haver compenetração, sentar-se à mesa para conversar” — ressaltou.

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