Na tarde desta segunda-feira (23), a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, criticou declarações que colocam em dúvida a integridade das eleições. A fala dela ocorreu durante uma palestra na PUC de Minas Gerais (MG).
Em um contexto em que explicava que a Constituição protege direitos fundamentais e sociais, a ministra destacou que a Carta Magna deve ser protegida.
“A vida mudou porque a Constituição permitiu a possibilidade de adotar instrumentos para que a gente possa viver em paz. Compete a nós garantirmos que ela se mantenha” — disse.
Para a ministra, é necessário garantir o cumprimento da legislação para proteger o futuro do país. Ela parafraseou José Pimenta Bueno, que fez uma análise da Constituição do Império.
“Essa constituição durará enquanto durar a democracia brasileira. Traidor da Constituição é traidor da Pátria. Não podemos admitir traidores da constituição, que são traidores da história brasileira, do presente e principalmente do futuro” — disse.
A declaração de Cármen Lúcia ocorre num momento em que as tensões entre o Palácio do Planalto e o STF atingiram seu ponto máximo, com muitos falando abertamente em “ruptura”. Em declarações recentes, o presidente Jair Bolsonaro acusou ministros da Corte de estarem jogando fora da Constituição.