O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin – atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – declarou que os inimigos da democracia estão à solta. A fala foi proferida nesta terça-feira, em evento no UniCeub, em Brasília.
“Estejamos atentos. A liberdade requer vigilância. A democracia requer vigilância. Seus inimigos estão à solta. Basta ler nas redes sociais: ameaças, insultos, mensagens racistas, mentiras deliberadas, articulações de complô. Algoritmos disseminam o ódio, capturam o consentimento das pessoas, disseminam o medo e impactam as eleições”, afirmou o magistrado.
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Fachin argumentou que atualmente o principal adversário da democracia é o processo de deseducação realizado com “comportamentos de palavras de ordem que vão condicionar o comportamento de jovens de hoje e do amanhã”.
“Fez-se, e tenta assim manter, uma espécie de mutação genética para ameaçar as eleições e tomar de assalto os pulmões da democracia. Não nos iludamos: é grave a hora em que nós vivemos. Estamos à mercê dos engenheiros do caos. A ruína é plantada para dela colher um novo estado de coisas. A democracia contemporâneo está sendo hackeada. E por esses novos bárbaros que são os canibais da democracia liberal”, acrescentou.
Por fim, finalizou:
“Por isso, a resiliência democrática, a serenidade que devemos ter na defesa firme das instituições democráticas, o respeito às regras do jogo eleitoral. Isso tudo são condições de possibilidades para que o futuro seja habitável. Para que jovens como vocês tenham a liberdade de pensar e a capacidade de julgar com paz e segurança”.