O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, está há cinco dias de passar a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para seu colega Edson Fachin.
Nesta quinta-feira (17), o magistrado proferiu seu discurso de despedida repleto de “mensagens” ao presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL). De acordo com o ministro, “nos últimos tempos”, as instituições e a democracia “passaram por ameaças das quais acreditávamos há haver nos livrado”.
Segundo declarações do ministro, o presidente Jair Bolsonaro ordenou que caças sobrevoassem a praça dos três poderes em rasantes para quebrar vidraças da sede do Supremo. O desfile de tanques de guerra na Praça dos Três Poderes e os atos do dia 7 de setembro também foram lembrados pelo juiz, em uma lista que citou:
– Comparecimento a manifestação na porta do comando do Exército, na qual se pedia a volta da ditadura militar e o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal;– Pedido de impeachment de ministro do STF em razão de decisão judicial que desagradava;– Ameaça de não concessão de emissora que faz jornalismo independente;
– Agressões verbais a jornalistas e veículos de imprensa.
Vale ressaltar que na próxima terça-feira (22), Fachin receberá a posse do comando do TSE. No entanto, o responsável pela Corte durante as eleições será Alexandre de Moraes.