O senador Eduardo Girão, apoiador do presidente da República Jair Bolsonaro, proferiu um discurso enfático no plenário do senado, e cobrou o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, para que tome atitudes com relação ao que ele chama de ‘escalada autoritária’ por parte de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Pacheco vem se negando em pautar o requerimento de Girão que solicita a convocação do ministro Alexandre de Moraes ao senado, para que ele preste esclarecimentos acerca da questão envolvendo o deputado federal Daniel Silveira. No ensejo, Girão declarou: “eu quero manifestar também que a gente está aguardando um posicionamento, espero que seja em breve, o Presidente prometeu, sobre a questão do convite ao Ministro Alexandre de Moraes”.
O congressista citou ainda a participação dos ministros Luís Roberto Barroso e Ricardo Lewandowski em um evento político, e afirmou: “E, ontem, assistindo ao Brazil Conference, eu não consegui aguentar assistir muita coisa ali, mas quando a gente vê dois Ministros do Supremo Tribunal Federal se prestando a um papel de militância política…”. O senador afirmou: “é o Presidente da República, tem a liturgia. Um Ministro do Supremo Tribunal Federal não pode ir lá, aos Estados Unidos, dizer que o Presidente da República é o inimigo. Pelo amor de Deus!”
Por fim, ele disse:
“Parece um jogo combinado contra. Isso descredibiliza o trabalho da própria Corte, que é fundamental. É um trabalho importantíssimo para a democracia, o Supremo Tribunal Federal é uma instituição importante para a República, mas, quando se vê atitudes como essa, cegas por uma política que eu não posso dizer que é partidária, mas que virou uma política ali mundana, com intervenção em Casas Legislativas, como a gente viu algumas vezes, inclusive com esta Casa, eu acho que isso deixa a gente numa situação muito difícil perante a opinião pública”. O senador acrescentou: “O Senado precisa agir para barrar essa escalada autoritária”