Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a defender as urnas eletrônicas nesta sexta-feira (01).
Em artigo para a revista Crusoé, o ministro, que também é presidente do Supremo Tribunal Eleitoral (STE), afirmou que as urnas eletrônicas são imunes aos “ataque hackers” de “anarquistas”, “chantagistas” e “fascistas”.
“As urnas não operam em rede, isto é, não têm conexão via internet ou bluetooth”, disse Barroso ao comentar sobre a “confiabilidade do processo eleitoral”.
“São imunes aos ataques hackers, sejam dos anarquistas (que querem provar que conseguem vencer as barreiras de segurança), dos chantagistas (que bloqueiam o funcionamento do sistema para cobrar resgate) ou dos fascistas (que querem desacreditar o sistema democrático)”, continuou o ministro em trecho do artigo ‘Há um Brasil que dá certo’.
“Daí a frustração que o sistema brasileiro produz nas milícias digitais” — pontuou o magistrado.
Bolsonaro defende voto impresso
O presidente da República, Jair Bolsonaro, é talvez o maior defensor da implantação do voto impresso no Brasil. Há menos de duas semanas, o presidente, durante conversa com apoiadores em Santa Catarina, disse que “se não tiver voto impresso, pode esquecer eleição”, em referência ao pleito de 2022.
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Essa não foi a primeira vez que o Chefe de Estado defendeu abertamente a medida. No último dia 7 de dezembro, Bolsonaro já havia tocado no mesmo assunto, e afirmou que está em conversas com o parlamento para tocar o tema adiante. Segundo ele, a decisão de implantar ou não o voto impresso no Brasil é do Poder Executivo e do Poder Legislativo.
“Quem decide somos nós, o presidente Executivo e o Parlamento, tá ok? E ponto final” – afirmou o Chefe do Poder Executivo, na saída do Palácio da Alvorada, em transmissão pelo YouTube.