O Governo Bolsonaro concluiu nesta quinta-feira (09) o processo de privatização da Eletrobras. Com o fim do bookbuilding –quando se avalia a demanda do mercado–, a Diretoria Executiva da empresa estabeleceu o preço de R$ 42 por ação.
A venda da estatal de energia via Bolsa foi o maior movimento de desestatização do País em duas décadas.
Pelo valor fixado, a privatização da Eletrobras deve movimentar R$ 33,7 bilhões, com a venda dos lotes extras de ações inclusos no valor. Na parcela primária da oferta, a companhia deve captar R$ 30,76 bilhões.
Do total, R$ 26,4 bilhões devem vir com a venda do lote inicial de 627,7 milhões de novas ações ordinárias. Outros R$ 4,4 bilhões devem ser acrescidos com o lote suplementar de ações.
Já a BNDESPar, braço de participações do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), venderá 69,8 milhões de ações por R$ 2,9 bilhões.
A demanda chegou a R$ 9 bilhões entre os investidores que usaram recursos do FGTS para reservar ações. Entretanto, a parte da oferta destinada a esse grupo era de R$ 6 bilhões, o que resultará em um rateio proporcional dos papéis entre os interessados.
Isso significa que os investidores comprarão menos ações do que haviam planejado e receberão na conta do FGTS o valor que foi transferido a mais para o FMP Eletrobras (Fundo de Privatização Mútuo Eletrobras).