Através de uma nota conjunta, os Clubes Militares fizeram um alerta com relação a possibilidade de haver uma alta abstenção nas eleições presidenciais deste ano.
Em resumo, os militares apontam que momentos conturbados costumam levar a altos índices de abstenção, e argumentaram: “Em ambiente de forte polarização, a decepção com a política, por razões diversas, conduz naturalmente à acomodação, caminho aberto para altos índices de abstenção, tal como ocorreu em países amigos da Europa e América Latina, acarretando a vitória de candidatos cuja legitimidade, questionável futuramente, pode colocar em risco a governabilidade, prejudicar conquistas econômicas e sociais importantes e conduzir a nação a um destino catastrófico”.
Leia na íntegra o texto divulgado pelo grupo:
“COMISSÃO INTERCLUBES MILITARES Rio de Janeiro, 18 de Julho de 2022
Abstenção eleitoral não é uma opção!
Neste ano de 2022 – Bicentenário da Independência do Brasil vivemos um momento eleitoral conturbado, por questões internas e pelas consequências econômicas do pós-Covid e dos desdobramentos do conflito Rússia vs Ucrânia
Períodos eleitorais são sempre decisivos na vida de uma nação. No seu contexto, a pluralidade de ideias normalmente permite a multiplicidade de opções. Mas, por vezes, as escolhas mais viáveis apontam caminhos diametralmente opostos. Nessas ocasiões, mais do que decisivas, as eleições são cruciais para o futuro do povo incumbido de escolher.
Em ambiente de forte polarização, a decepção com a política, por razões diversas, conduz naturalmente à acomodação, caminho aberto para altos índices de abstenção, tal como ocorreu em países amigos da Europa e América Latina, acarretando a vitória de candidatos cuja legitimidade, questionável futuramente, pode colocar em risco a governabilidade, prejudicar conquistas econômicas e sociais importantes e conduzir a nação a um destino catastrófico.
O Estado Democrático de Direito comporta todas as acepções de cidadania, inclusive o direito básico ao voto. O sufrágio universal é uma garantia fundamental e constitucional. Assim, a abstenção de um direito tão caro à sociedade configura grave acinte ao próprio estamento democrático, por desprezar o exercício pleno da cidadania.
Destarte, torna-se imprescindível que o eleitor tenha plena consciência da importância do seu voto para o destino do país e se manifeste nas urnas de modo assertivo, sob pena de, ao abrir mão deste dever cívico, deixar prevalecer a indesejável vontade de uma minoria.
Abstenção não é uma opção!“