Em declaração dada ao Estadão, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, disse que está “indignado” com “acusações levianas” de Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
No sábado, durante videoconferência, o magistrado do Supremo criticou a presença de militares no Ministério da Saúde e afirmou que “o Exército está se associando a esse genocídio” — referência feita às mortes ocasionadas pela pandemia gerada pelo novo vírus. No domingo (12), apenas um dia depois, Gilmar Mendes voltou a fazer uma nova declaração, enfatizando o seu respeito e admiração pelas Forças Armadas Brasileiras e a sua fidelidade aos princípios democráticos, mas novamente criticando a ocupação de espaço na pasta da Saúde por militares.
Nesta segunda-feira, as Forças Armadas acabaram reagindo à fala do ministro realizada no sábado. Em comunicado oficial, conjuntamente com o Ministério da Defesa, as Forças Armadas criticaram abertamente Gilmar Mendes, classificando a sua fala como “irresponsável e sobretudo leviana”.
O documento termina informando que o “Ministério da Defesa encaminhará representação ao Procurador-Geral da República (PGR) para a adoção das medidas cabíveis”.