novembro 24, 2024

Parlamentar pede que Marcelo Freixo dê o exemplo: “abra mão dos seus seguranças armados”

As ordens executivas do Presidente da República, despachadas nesta sexta-feira (12), que facilita o acesso às armas de fogo aos cidadãos brasileiros, estão gerando uma onda de debates nas redes sociais. De um lado, os desarmamentistas, que defendem que o monopólio da força deve estar nas mãos do Estado; do outro lado, os armamentistas, que defendem o direito dos cidadãos portarem armas para sua defesa pessoal e de seus familiares.

Marcelo Freixo, uma das vozes do movimento desarmamentista no Brasil, reagiu aos decretos presidenciais alegando que tal ação do governo estaria colocando em risco a “democracia” no país.

“Bolsonaro acaba de publicar decreto que amplia para 6 o número de armas que civis podem ter. A política armamentista do presidente não é apenas sobre insegurança pública, é sobre democracia. Bolsonaro está armando seus apoiadores para ameaçar as instituições. O golpe está em curso” — declarou Freixo.

“Vou apresentar projetos para anular os 4 novos decretos de Bolsonaro que ampliam o acesso de civis à armas e munições e afrouxam a fiscalização. Também estou incluindo essas medidas na ADI que já protocolei no STF. O presidente não pode legislar sobre armas via decreto” — acrescentou, pouco tempo depois, o deputado do PSOL.

No entanto, as palavras de Marcelo Freixo não passaram batidas. O deputado federal Carlos Jordy, ferrenho defensor do Presidente da República, não se intimidou e rebateu o seu colega, pedindo que ele dê o exemplo.

“Acho que o deputado tinha que estudar um pouco sobre poder REGULAMENTAR, inerente à competência do Chefe do Executivo. Não há extrapolação. Você só quer aparecer, seus PDCs não vão dar em nada. Chora! Aproveita e dê o exemplo: abra mão dos seus seguranças armados” — disse Jordy.

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