Durante a participação no programa ‘Opinião no Ar’, da RedeTV!, desta terça-feira (13), o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) revelou que a maioria dos integrantes do Senado querem investigar possíveis desmandos de governadores e prefeitos envolvendo dinheiro federal. O congressista anunciou que mais da metade dos senadores — cerca de 41 — assinaram a CPI da pandemia mais ampla, que busca incluir Estados e municípios nas investigações da casa legislativa sobre o combate à crise sanitária no Brasil.
“Acabei de receber aqui, agora, a quadragésima primeira assinatura (41°) dos senadores, ou seja, a maioria do Senado quer essa CPI [da pandemia]” — disse Girão.
O congressista ainda usou como exemplo outras CPIs do passado para atestar que existe legalidade na sua proposta de investigar possíveis desvios de condutas de governadores e prefeitos na gestão de verbas federais.
“Eu espero que o presidente [do Senado] analise e não esqueça que nós tivemos CPIs no passado, como a do Banestado, que foi importantíssima para nação, recuperou R$ 238 bilhões de impostos sonegados, que voltaram para a Receita. Também tivemos a CPI dos precatórios, que foram justamente precatórios dos Estados e municípios. E Banestado, voltando a ele, é um banco estadual. Então, já temos precedentes no Senado, o Art. 146 — regimento da casa legislativa —, a gente atende perfeitamente porque são verbas federais. Eu repito: centenas de bilhões de reais enviados do governo federal para Estados e municípios” — afirmou o senador.
“Eu tenho uma postura independente no Senado. Quem acompanha, minimamente, o nosso trabalho sabe disso. Não faço jogo nem de governo, nem de oposição. Estou trabalhando pelo Brasil, pelo que é correto. E eu acredito que se essa CPI não for pensada, nós não vamos ter a verdade toda. Vamos ter apenas uma parte da verdade que interessa a um setor que quer desestabilizar o país” — completou Girão.
Confira a fala do senador: