Nesta sexta-feira (16), a oposição ao voto impresso teve uma grande derrota na Câmara dos Deputados. Após se articularem nos últimos dois dias para derrubarem a proposta, chegando ao ponto de obterem maioria da comissão especial e conseguirem colocar o projeto em pauta para votação, os opositores tomaram um banho de água fria. O presidente da comissão que analisa a proposta, Paulo Eduardo Martins, e o relator, Felipe Barros, conseguiram adiar a votação da medida, evitando assim o seu arquivamento.
Com essa vitória do governo Bolsonaro, que é o grande interessado, o projeto do voto impresso auditável permanece vivo por ora.
Desta forma, o projeto só deve voltar a ser discutido no início de Agosto, depois do recesso, o que dará tempo ao governo para articular a sua aprovação .
Outro fator que deve contar (e muito) é a pressão popular — algo que a esquerda queria evitar. Movimentos sociais favoráveis ao voto impresso já estão se mobilizando para realizar grandes manifestações no dia 1/08. E a manobra da oposição para tentar enterrar a proposta jogou ainda mais gasolina nos protestos que devem pegar fogo no começo de agosto.