O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE e membro do Supremo Tribunal Federal (STF), descartou a possibilidade de implementação do ‘voto impresso’ no Brasil.
Agora à noite, ao rebater uma declaração do presidente da República, Jair Bolsonaro, acerca da confiabilidade do sistema eleitoral, Barroso disse que “objetivamente não existe hoje no Brasil a possibilidade de voto impresso”.
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Mais cedo, no Rio de Janeiro, Bolsonaro se mostrou preocupado com o atual sistema eleitoral — em especial com o uso da urna eletrônica — e declarou que espera um sistema seguro para as eleições de 2022.
“O voto impresso é uma necessidade, as reclamações são demais. Eu estou vendo trabalho de hacker aqui e em qualquer lugar. A apuração tem que ser pública. Quem não quer entender isso, eu não sei o que pensa da democracia” — disse o presidente da República.
O ministro afirmou que Bolsonaro “merece todo o respeito institucional e tem o direito de manifestar livremente a sua opinião”. “A verdade, porém, é que objetivamente o Supremo Tribunal Federal já entendeu pela inconstitucionalidade do voto impresso e entendeu, não apenas evidentemente pelo custo de mais de 2,5 bilhões de reais ao longo do tempo para sua implantação, mas porque representaria, ao ver do Supremo, um risco real para o sigilo do voto” — acrescentou.
Segundo avaliação de Barroso, o voto impresso “traria grande tumulto para o processo eleitoral brasileiro, porque todo candidato derrotado ia pedir recontagem e ia haver impugnações, alegações de nulidade e judicialização do processo eleitoral”.
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