O veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à parte do Projeto de Lei que limitava as saídas temporárias para visitas familiares causou divisões no governo e colocou o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso Nacional, sob pressão.
Antes do veto, o senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, afirmou à CNN que o governo não deveria vetar devido ao possível desgaste político.
De maneira similar, o senador Randolfe Rodrigues admitiu em entrevista ao jornal “O Globo” ter votado a favor da proposta “pelas circunstâncias”.
Aliados indicam que a decisão de vetar partiu da influência do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e da ala menos pragmática do governo.
Neste momento de crescente tensão entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a tarefa de comunicar a decisão do Palácio do Planalto de defender a manutenção do veto ficou a cargo do ministro da Casa Civil, Rui Costa.