Em entrevista concedida à velha imprensa, o presidente Jair Bolsonaro falou sobre suas relações com membros das Forças Armadas, dentro e fora do governo, e rememorou as dificuldades com o general Santos Cruz, que deixou o governo e juntou-se à oposição.
O presidente detalhou que não troca seus ministros de uma hora para outra, e que é necessário haver um acúmulo de advertências. O presidente disse: “Quando eu troco um ministro, não foi de repente. Não chamo um ministro e falo “Fábio, cartão vermelho”. Tem que ter alguns cartões amarelos. Como eu faço com todos. Alguns foram embora porque não aceitavam ser advertidos. O general Santos Cruz, por exemplo. Ele queria assumir o governo! Chegou a um ponto que não deu mais. Hoje ele é procurado por parte da mídia para falar em nome dos generais…”.
Bolsonaro ainda ironizou a atuação do ex-ministro após sair do governo: “Vi uma live dele. Ele, Celso Amorim… discutindo “como preservar a democracia no Brasil”. É uma piada. Não sei que bicho mordeu ele. Não foi falta de conversar. Eu falava pra ele: “Você não pode interferir assim. Eu decidi assim, vou fazer essa coisa aqui”. Ele não aceitava! Talvez… talvez, não. Com toda a certeza: aquela coisa de general e capitão. Fica marcado”.
O presidente também comparou a conduta de Santos Cruz com os outros ministros militares, lembrando que o general Heleno, embora seja mais velho e seu superior hierárquico, compreende que ele é o presidente da República, assim como outros ministros, como os generais Luiz Ramos e Braga Netto, e os comandantes das Forças.
Veja a entrevista no canal Folha Política: