Na manhã desta segunda-feira (09), o presidente Jair Bolsonaro voltou a dar declarações bombásticas sobre as eleições brasileiras. Dessa vez, o chefe do Executivo afirmou que “gente com dinheiro” contratou um “grupo de hackers” para invadir os computadores do TSE para roubar 12 milhões de votos dados a ele nas eleições de 2018.
“Não é um hacker que resolveu entrar lá e ficar passeando [no sistema do TSE]. Isso daí, com toda certeza — não tenho prova, né? — é um hacker contratado por pessoas com dinheiro para ficar se movimentando, fazendo alterações dentro do TSE. Inclusive esse hacker trabalhou à vontade por ocasião do primeiro turno e também por ocasião do segundo turno” — disse Bolsonaro durante entrevista à rádio Brado, da Bahia.
O presidente ainda citou a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), e uma investigação realizada pela Polícia Federal acerca do assunto.
“Isso aí é uma suposição, deixar bem claro, esse grupo de hackers, quando as eleições acabaram, o grupo que os contratou – vocês devem saber quem é – não pagou esse serviço e daí o hacker resolver denunciar. E quando ele denunciou, a ministra Rosa Weber, presidente do TSE à época, resolveu fazer com que a Polícia Federal abrisse um inquérito. Quando a PF foi pra dentro do TSE e falou o seguinte: ‘eu quero os logs’ — os locais onde estão as digitais, né? tudo armazenado do que está sendo feito lá —, qual foi a resposta do TSE, assinado pelo senhor Janine: ‘ah, nós apagamos sem querer os logs’. É uma prova inconteste que essa pessoa foi pra lá, manipulou números” — disse Bolsonaro.
Em seguida, o presidente ainda deu o número de votos que teriam sido encomendados ao “grupo de hackers” para que ele perdesse a eleição.
“O que se chega aqui. Agora fica a suposição, não posso afirmar também, que tinham acertado que esse hacker desviaria 12 milhões de votos meus. E como eu tive muito voto não foram suficientes 12 milhões de votos retirar de mim e passado para outro ou anulado (SIC). Dai, então, houve o fato de eu ter ganho as eleições” — disse Bolsonaro,