novembro 24, 2024

Bolsonaro fala abertamente em criminalizar o “Comunismo e o Nazismo” de forma irrestrita

O presidente da República, Jair Bolsonaro, está interessado em criminalizar, de forma irrestrita, o Comunismo e o Nazismo. Atualmente, apenas o Nazismo é crime no Brasil.

A declaração do chefe do Executivo, feita por meio de nota divulgada na redes sociais, ocorre em meio as falas polêmicas do youtuber Monark e do deputado federal Kim Kataguiri acerca do tema. O youtube defendeu o direito de nazistas terem um partido no Brasil, assim como os comunistas têm. O parlamentar, por sua vez, classificou como erro o fato da Alemanha ter criminalizado o Nazismo. Para ele, o correto seria rechaçar tal ideologia no campo das ideias.

Ambas ideologias totalitárias, Nazismo e Comunismo, foram responsáveis por dizimar milhões de inocentes em todo mundo. De acordo com “O Livro Negro dos Comunistas”, o Comunismo seria responsável por mais de 100 milhões de mortos — um número bem superior ao de vítimas realizadas pelo Nazismo.

Eis a íntegra da nota do presidente:

“A ideologia nazista deve ser repudiada de forma irrestrita e permanente, sem ressalvas que permitam seu florescimento, assim como toda e qualquer ideologia totalitária que coloque em risco os direitos fundamentais dos povos e dos indivíduos, como o direito à vida e à liberdade.

“É de nosso desejo, inclusive, que outras organizações que promovem ideologias que pregam o antissemitismo, a divisão de pessoas em raças ou classes, e que também dizimaram milhões de inocentes ao redor do mundo, como o Comunismo, sejam alcançadas e combatidas por nossas leis.

“O fato de uma ideologia repugnante como a nazista ter destruído milhões de vidas exige que tenhamos extrema responsabilidade e seriedade na hora de tratar do tema, não deixando espaço para a calúnia, a difamação e a sua banalização. Não se combate uma injustiça com injustiças.

“Importante lembrar que existem ainda aqueles que, na busca implacável pelo poder, banalizam essa página triste da história da humanidade e instrumentalizam a sensibilidade humana para praticar exatamente aquilo que dizem combater, assassinando reputações e destruindo pessoas.

“Assim, reitero todo nosso apoio ao povo judeu, que hoje sofre não só com as cicatrizes deixadas pela história, mas também com o desrespeito daqueles que banalizam um assunto tão grave, rotulando tudo e todos na ânsia de conquistar ainda mais poder e controle sobre as pessoas.

“Tenho muito orgulho de ser o presidente que mais aproximou o nosso país dos judeus, seja intensificando as relações bilaterais com Israel, seja apoiando iniciativas importantes, como a Aliança Internacional de Memória do Holocausto (IHRA), na qual ingressamos em meu governo.

“E a quem realmente insiste em defender a divisão de pessoas por raça/etnia, o controle total pelo Estado, a violação de liberdades, que são premissas do nazismo; bem como a quem, num desrespeito cruel ao povo judeu, banaliza um fato grave para promoção política, fica a lição:

“Somos um povo maravilhoso, acolhedor. Repito: em uma família brasileira há mais diversidade do que em qualquer nação no mundo. O Brasil nunca terá solo fértil para o totalitarismo porque o amor pela liberdade corre em nossas veias. Quem deseja o contrário está do lado errado.

“Que o momento seja de reflexão, de amadurecimento, a respeito de qual ambiente queremos criar para o Brasil. Tenhamos todos mais juízo e responsabilidade. Precisamos continuar trabalhando pelo futuro de nossa nação.”

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