O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), no decorrer de uma conversa que teve com cidadãos nos jardins do Palácio da Alvorada, recordou as consequências das políticas adotadas por prefeitos e governadores durante a crise sanitária. O mandatário afirmou que nem se pronunciaria acerca do Carnaval, e disse: “O que eu faço, governador e prefeito pode desfazer. Quem deu essa autonomia para eles? Vocês sabem quem foi”.
Indagado acerca das declarações do ministro Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, que afirmou que haveria, no Brasil, um “semipresidencialismo”, no qual a Corte funcionaria como poder moderador, O Chefe de Estado disse: “Existem certas coisas que é tão idiota que não dá nem pra discutir. Eu não vou começar a bater boca com ninguém sobre esse assunto. Coisa idiota. Idiota. Agora, eu falo que eu jogo dentro das quatro linhas. Quem sair fora, daí eu saio… aí eu sou obrigado a combater o cara fora das quatro linhas”.
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O mandatário prossguiu:
“Agora, você pode ver: se você for levar ao pé da letra o semipresidencialismo ou outro regime parecido, eu teria poder para dissolver o Congresso. Eu não vou discutir… vai começar a discutir quem veio primeiro, o ovo ou a galinha. Não vai chegar a lugar nenhum. Agora, por que lançam isso aí? Para acobertar outras coisas. O que muita gente está preocupada, é que acabou a mamata”.
Ademais, o Chefe de Estado voltou a falar sobre a questão envolvendo o voto impresso e o voto eletrônico.
“A questão de voto eletrônico, é bom ficar sabendo. Eu não vou entrar em detalhes. O ministro Barroso, que é o presidente, emitiu uma portaria e convidou umas 10 instituições, entre elas as Forças Armadas, para participar do sistema das eleições do ano que vem. Então, vamos participar da primeira fase, lá do código-fonte, até a sala secreta. Então, não vai ter problema. O ideal é o voto no papel, impresso. É o ideal. Mas agora, fica quase impossível uma fraude. Partamos do princípio de que não haverá cooptação de militares nessa questão”.