Sem saber que estava sendo gravado, o superministro da Economia, Paulo Guedes, contou uma história bastante curiosa acerca do ‘filho de um porteiro’ próximo a ele. Segundo o ministro, o trabalhador teria lhe relatado, com um certo grau de preocupação, que seu filho conseguiu a proeza de ter seus estudos bancados pelo Fies apesar de zerar todas as provas do vestibular que participou.
Com base nisso, Paulo Guedes classificou o programa de financiamento federal, que enriqueceu meia dúzia de empresários, como sendo um “desastre” para o país.
A declaração de Paulo Guedes, bastante compreensível, foi alvo de críticas de lideranças da esquerda, como Marcelo Freixo, que chegou a distorcer as palavras do ministro da Economia para fabricar a ideia de que ele seria contra filhos de pessoas humildes terem acesso à universidade.
No Twitter, o parlamentar postou apenas um trecho da declaração de Paulo Guedes, distorcendo o sentido da frase pronunciada pelo ministro. O movimento de Freixo, que pode ser tratado como ‘criação de uma Fake News’, foi seguido por outras figuras como Gleisi Hoffmann e Fernando Haddad.
“Fies bancou universidade até para filho de porteiro.”
A única coisa que não revolta Paulo Guedes é pobre passando fome.
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) April 29, 2021
Eis a íntegra da fala de Paulo Guedes tirada do contexto por Freixo e seus colegas ideológicos:
“O porteiro do meu prédio, uma vez, virou para mim e falou assim: ‘Seu Paulo, eu estou muito preocupado’. O que houve? ‘Meu filho passou na universidade privada’. Ué, mas está triste por quê? ‘Ele tirou zero na prova. Tirou zero em todas as provas e eu recebi um negócio dizendo: parabéns, seu filho tirou…’ Aí tinha um espaço para preencher, colocava ‘zero’. Seu filho tirou zero. E acaba de se endereçar a nossa escola, estamos muito felizes” — disse Guedes, que classificou o Fies como sendo um desastre para o país.