O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, deixou claro que o jornalista Breno Pires e o jornal Estadão, do qual o profissional faz parte, serão processados por uma reportagem que acusa o Governo Federal de criar um “orçamento secreto” para distribuir emendas do tipo RP9 (emendas de relator) a congressistas para aumentar sua base de apoio. Segundo o ministro, a matéria é “fake”.
“Desmontando fake news dos parasitas saudosos dos governos corruptos e seus papagaios e lacradores mentirosos: desde 1o de janeiro de 2019 o Brasil é comandando por Jair Bolsonaro com zero casos de corrupção, e assim seguiremos, para desespero dessa gente” — disse no Twitter ao publicar um vídeo no qual fala no telefone sobre a reportagem do Estado de S. Paulo.
“Primeiro, é a irresponsabilidade do Estadão e falta de vergonha na cara de quem escreveu a matéria. E vai tomar processo” —afirmou no vídeo.
“Essa pecha não vai colar e o Estadão vai pagar caro, na Justiça, onde vai ser feito justiça pela irresponsabilidade daqueles que muitas vezes falam e outros repercutem para tentar lacrar. Isso que o Estadão fez é criminoso. É um jornal sujo, criminoso” — falou em outro trecho da publicação.
O ministro também comentou o que é o RP9 e declarou que as emendas parlamentares só foram distribuídas depois de o Congresso derrubar veto do presidente Jair Bolsonaro à medida.
“O RP9 é uma criação da Comissão do Orcamento em 2019 pelo parlamento brasileiro, que outorga ao relator do Orcamento uma parcela do Orcamento brasileiro para livre destinação deste relator para atender aos interesses do Congresso Nacional. Isso é o RP9” — explanou.
“O presidente Bolsonaro vetou 100% do RP9. O Congresso Nacional derrubou o veto. A partir daí começou a execução do RP9. O RP9 no ano passado foi algo em torno de R$ 20 e tantos bilhões” — concluiu.
Onyx ainda criticou a tentativa de alguns grupos em comparar o caso com o Mensalão — um mega escândalo de corrupção baseado na compra de votos de parlamentares realizado durante o governo Lula. “É muita cafajestice dizer isso. É falta de vergonha na cara” — disse o ministro.