A confusão entre a maior emissora do país e o governo federal, aparentemente, está longe de se ter uma trégua. Logo após a matéria exibida pelo Jornal Nacional em que houve uma tentativa de veiculação do presidente Bolsonaro com o caso da vereadora Marielle Franco, o Chefe de Estado perdeu totalmente o pouco de paciência que tinha com a empresa.
O diretor-geral de jornalismo da Globo, Ali Kamel, emitiu uma nota elogiando a matéria reproduzida pelo Jornal Nacional, e através da SECOM (Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República), o governo federal deu uma contundente e firma resposta.
Em nota, o governo lamenta que a emissora ache motivo de comemoração a veiculação da reportagem que, “sob o verniz de jornalismo imparcial, somente leva desinformação aos brasileiros”.
Ademais, a nota também vem com ataques contra a TV Globo, e cita um processo em que a empresa é alvo por supostamente pago propina para conseguir ter direitos de transmissão da Copa do Mundo.
Leia a carta completa:
A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) repudia a perseguição da TV Globo ao presidente Jair Bolsonaro, na tentativa de envolvê-lo no caso Marielle.
É lamentável que a TV Globo considere motivo de comemoração a veiculação de matéria que, sob o verniz de jornalismo imparcial, somente leva desinformação aos brasileiros.
Caso a emissora tivesse realmente pautado seu trabalho pela imparcialidade, rigor na apuração e profundidade de investigação, não teria levado ao ar matéria tão frágil do ponto de vista jornalístico.
A reportagem seguiu adiante mesmo sabendo que o depoimento que relacionava o presidente da República não passou de fraude e se apresenta como outro crime que merece apuração. Jornalismo não pode ser feito com suposições.
É evidente o foco da emissora em promover discórdias e enfraquecer o governo, enquanto outros fatos notórios positivos do país são silenciados, pois não interessam aos cofres da empresa.
Se a TV Globo fizesse bom jornalismo, como defende, investigaria e publicaria, por exemplo, sua própria participação em supostos pagamentos de propina a dirigentes da Fifa para compra de direitos de transmissão da Copa do Mundo.