O “Jornalista” J.P. Cuenca, usando como base uma frase atribuída a Denis Diderot, pregou abertamente a morte dos membros da família Bolsonaro e de pastores evangélicos da igreja Universal.
A frase original diz: “O homem só será livre quando o último rei for enforcado nas tripas do último padre”. Em uma adaptação dessa citação, o jornalista escreveu o seguinte comentário no Twitter: “o brasileiro só será livre quando o último Bolsonaro for enforcado nas tripas do último pastor da Igreja universal”. Logo após a repercussão negativa (e supostamente orientado por advogados), Cuenca excluiu o tuíte.
Ainda na rede social, o jornalista, em uma sequência de tuítes, fez uma série de ofensas a internautas que não gostaram nenhum pouquinho de “sua atualização de Meslier”.
No país governado por um fascista eleito ameaçando fuzilar opositores, advogados me recomendam apagar o tweet com a citação do Meslier. Com o tweet, somem também as ameaças a minha integridade física e de familiares. Vida que segue.
Como registro, republico apenas a thread:
— J.P. Cuenca (@jpcuenca) June 16, 2020
No mais é de impressionar o poder de mobilização do gado zumbi. Em meia-hora veio um enxame de vermes aqui, fazendo ameaças etc. É muito deprimente.
— J.P. Cuenca (@jpcuenca) June 16, 2020
Outra vez, é incrível como fascistas sempre acreditam deter o monopólio da ofensa. O presidente pode dizer que vai mandar a esquerda pra “ponta da praia”, lugar de execução, mas eu não posso atualizar um Meslier?
Ora, voltem todos pro intestino de onde não deveriam ter saído
— J.P. Cuenca (@jpcuenca) June 16, 2020
Dúzias de pessoas pedindo para me seguir com o objetivo de xingar muito no Instagram, uma vez que fui tageado em não sei quantos posts. E outras (poucas) pessoas querendo simplesmente me seguir.
Você não precisa de muito mais do que um golpe de olho pra entender quem é quem.
— J.P. Cuenca (@jpcuenca) June 17, 2020
Uma frase do século 18. Que falta não faz num país uma revolução, a queda de uma bastilha ou, vá lá, até uma guerra de independência de verdade.
— J.P. Cuenca (@jpcuenca) June 17, 2020
E o pior dessa história é o seguinte: postei isso distraidamente. Como uma piada velha sobre uma citação idem.
— J.P. Cuenca (@jpcuenca) June 17, 2020