Lula defende ataques sofridos por Nise Yamaguchi e é rebatido pela médica

A oncologista Nise Yamaguchi, durante uma entrevista concedida à Jovem Pan nesta terça-feira (5), rebateu ataques do ex-presidente Lula (PT) na última quinta-feira (31). No ensejo, o petista elogiou os ataques proferidos contra a médica no decorrer de uma sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no ano passado.

De forma elegante e sem querer combater o petista na base do “olho por olho e dente por dente”, Nise comentou sobre o tema e salientou sua experiência atuando como médica. A profissional também destacou que na “político do vale-tudo, esquecem a trajetória das pessoas”.

“Ser tachada de “aquela médica japonesa” e ouvir que sofri um esculacho passou do ponto. Na política do vale-tudo, esquecem a trajetória das pessoas. Estou há mais de 40 anos trabalhando em medicina, tenho várias especialidades. Há mais de 20 anos, ajudo todos os governos. No momento em que o país passa por dificuldades econômicas e sociais, é hora de as pessoas baixarem o tom”, disse a médica.

Indagada sobre sua participação na CPI da Pandemia, ela afirmou: “Fui voluntariamente, quis explicar o que estava acontecendo no Brasil. Defendi a autonomia dos médicos e dos pacientes. E, para minha surpresa, acabei “homenageada” publicamente. Acredito que houve um equívoco muito grande”.

Declarações de Lula contra Nise

A fala do petista contra a oncologista aconteceram no decorrer de uma cerimônia de lançamento da pré-candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT) ao governo da Bahia. Na oportunidade, Lula aprovou os ataques que o senador Otto Alencar (PSD) proferiu contra Yamaguchi no decorrer de uma sessão da CPI.

“O esculacho que ele [Otto Alencar] deu naquela médica japonesa, que não sabia o que estava falando, deve ter enchido o povo da Bahia de orgulho. Tenho certeza, Otto, que você receberá do povo da Bahia a consagração para continuar honrando o estado”, disse Lula.

Lula se referiu a uma fala do senador em que ele tentou menosprezar a carreira da médica. Na oportunidade, Otto havia dito:

“A senhora não sabe nada de infectologia. Nem estudou, doutora. Foi aleatória, mesmo. Superficial. De médico audiovisual, esse plenário está cansado. De alguém que ouviu, viu e não leu. A senhora não poderia, de jeito nenhum, estar debatendo um assunto que não era do seu domínio”.

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