O General Augusto Heleno, atual ministro-Chefe de Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, concedeu uma entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil, onde falou acerca de diversos assuntos e questões, e dentre eles, sobre sua polêmica declaração no ano passado sobre “consequências imprevisíveis”, quando o ex-ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, determinou a apreensão do telefone celular do presidente Jair Bolsonaro.
No dia 22 de maio do ano passado, por ocasião da decisão do ministro Celso de Mello – atualmente aposentado de seu antigo cargo – o militar tornou pública uma carta onde declarou:
Você pode se interessar: “Se Chefe de Estado servisse de exemplo, teríamos uma população de cachaceiros e alcóolatras no Brasil”, diz Bolsonaro
“O pedido de apreensão do celular do Presidente da República é inconcebível e, até certo ponto, inacreditável. Caso se efetivasse, seria uma afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e uma interferência inadmissível de outro Poder na privacidade do Presidente da República e na segurança institucional do País. O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República alerta as autoridades constituídas que tal atitude é uma evidente tentativa de comprometer a harmonia entre os poderes e poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”.
Respondendo a indagação da jornalista da TV Brasil, Juliana Braga, sobre o que ele queria dizer com aquela colocação mais rígida, o ministro explicou de maneira enigmática:
Leia também: Roger, vocalista da banda Ultraje a Rigor, detona Lula: “Na hora de roubar não chorou. Vigarista canalha”
“Quando eu falo em consequências imprevisíveis, é porque elas continuam a ser imprevisíveis. Se fossem, eu teria dito quais eram”.
Por fim, Heleno classificou a decisão do ministro como “estafúrdia”.
Continue lendo: Após sugerir morte de Bolsonaro, Aras quer ‘enquadrar’ o apresentador Danilo Gentili
“Seria uma ordem do então ministro do STF para apreender o celular do presidente da República, é estapafúrdio, é sair totalmente das quatro linhas da Constituição”.