Em entrevista à rádio CBN, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que é preciso “reduzir os exageros” e defendeu que “evitemos tensões evitáveis ou desnecessárias”.
O comentário do magistrado foi em referência à reação das Forças Armadas à declaração do presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM).
Segundo Gilmar Mendes, não cabe às Forças Armadas ameaçar integrantes da CPI ou do Parlamento. Ele ainda defendeu que é necessário preservar a democracia.
“Não é função das Forças Armadas fazer ameaças à CPI ou ao Parlamento. Pelo contrário, as Forças Armadas têm o poder e o dever de proteger as instituições” — afirmou.
Há poucos dias, no decorrer de uma das sessões da CPI da Pandemia, Aziz disse que existe “membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo”, e que os “bons” das Forças Armadas devem estar “muito envergonhados”.
A declaração do senador provocou indignação entre os membros da alta cúpula das Forças Armadas, que divulgaram uma nota conjunta repudiando tal fala. O documento foi assinado pelo ministro da Defesa, Braga Netto, e pelos comandantes Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (Exército), Almir Garnier Santos (Marinha), e Carlos de Almeida Baptista Junior (Aeronáutica).