Na Argentina, médicos estão se recusando a realizar o procedimento de aborto, prática legalizada no país desde o final do ano passado, a qual permite que mães possam optar pela interrupção da gravidez até a 14° semana de gestação.
Segundo a CNN Brasil, metade dos médicos do hospital argentino Alberto Antranik Eurnekian Zonal, um dos principais hospitais públicos da Grande Buenos Aires, estão se recusando a realizar aborto em mulheres que solicitam o procedimento.
Para justificar esse posicionamento, os profissionais de saúde alegam objeção de consciência, conceito defendido em códigos de ética da medicina, que concede o direito a todo profissional de seguir princípios religiosos, morais ou éticos de sua consciência. “Entre os serviços de Ginecologia e Obstetrícia, que são os únicos envolvidos nestes casos, há 50% que se autodeclararam objetores de consciência” — declarou o Dr. Juan Ciruzzi, diretor do hospital, ao jornal argentino Clarín.
No final do ano passado, o Congresso Nacional da Argentina legalizou o aborto até a 14° semana de gestação, com a prática passando a fazer parte do Programa Médico Obrigatório (PMO) do sistema de saúde público do país. Isso só foi possível graças a atuação de Alberto Fernández, presidente da República, que enviou para o Poder Legislativo a proposta que culminou na legalização de tal procedimento.
Fonte: CNN Brasil
Fonte: Gazeta do Povo