Na manhã deste domingo (18), na porta do Hospital Vila Star, em São Paulo (SP), onde estava internado por causa de uma obstrução intestinal, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o voto impresso auditável. O mandatário ainda acusou o ministro Luís Roberto Barroso de ativismo contra a proposta.
“Não entendo por que não querem o voto auditável. Será que esse voto eletrônico é usado no mundo todo? É tão confiável assim?” — questionou o presidente. “Tenho certeza de que a maioria de vocês não acredita no voto como está aí. As coisas evoluem. É igual banco. Eles buscam maneiras de evitar que hackers e bandidos entrem [no sistema].”.
Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Barroso é um dos principais opositores ao voto impresso e ferrenho defensor das urnas eletrônicas.
“Por que a vontade doida do [Luís Roberto] Barroso de manter o sistema como está?” — perguntou Bolsonaro, ao lembrar que o sistema atualmente utilizado no Brasil “é dos anos 1990”. “A apuração tem que ser também pública. Temos que afastar aquela história de que quem ganha eleição não é quem vota, mas quem conta os votos. […] Por coincidência, quem faz o maior ativismo contra o voto auditável é o ministro Barroso, presidente do TSE.”
“Querem derrubar o governo? Já disse: só Deus me tira daquela cadeira. Será que não entenderam que só Deus me tira daquela cadeira? Se aparecer corrupção em meu governo, serei o primeiro a buscar maneiras de apurar e deixar na mão da Justiça para que esse possível responsável seja punido” — complementou.
O presidente recebeu alta na manhã deste domingo (18). Ele ficou internado no hospital paulista durante 4 dias após apresenta um quadro de obstrução intestinal.