O economista Paulo Guedes, atual mandatário da pasta da economia do governo federal, concedeu uma entrevista à revista Veja, e nela contou detalhes internos da política, como por exemplo um plano que envolvia Rodrigo Maia para derrubar Bolsonaro.
De acordo com Guedes, o plano seria liderado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia e o governador do Estado de São Paulo, João Doria, além de “gente da Justiça” e outros governadores.
“Tinha cronograma. Em sessenta dias iriam fazer o impeachment. Tinha gente da Justiça, tinha o Rodrigo Maia, tinha governadores envolvidos. O Doria ligou para mim e disse assim: ‘Paulo, é a chance de salvar a sua biografia. Esse governo não vai durar mais de sessenta dias. Faz um favor? Se salva’”, afirmou o ministro.
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No ensejo, com o objetivo de contornar a situação, o governo sacrificou o então ministro da educação, Abraham Weintraub, para acalmar os ânimos.
“Liguei para cada um dos ministros do Supremo para tentar entender o que estava acontecendo. Conseguimos desmontar o conflito ouvindo cada um deles. O ministro Gilmar Mendes, por exemplo, sugeriu que o governo deveria dar um sinal, caso estivesse realmente interessado em pacificar as relações. A demissão do Weintraub foi uma sinalização. Liguei também para o ministro Barroso e para o ministro Fux”.
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Vale relembrar que Abraham é um ferrenho crítico do Supremo Tribunal Federal, porém, o estopim para a relação entre os dois azedar de vez foi após a divulgação da reunião ministerial do dia 22 de abril, onde ele aparece defendendo que os ministro sejam presos.
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Com a informação: Revista Veja