No decorrer de um audiência na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (17), o deputado federal Paulo Teixeira, do Partido dos Trabalhadores, “ameaçou” o ministro da Defesa, o general Walter Braga Netto, de ser detido caso ele não obedeça a decisão do Congresso em rejeitar o voto impresso auditável.
O militar foi ao parlamento para prestar explicações acerca de uma suposta ameaça proferida à Arthur Lira – presidente da Câmara – de que não haveria eleições no ano que vem caso o voto auditável não fosse aprovado. Tanto Braga Netto quanto Lira negam que qualquer ameaça tenha sido feita.
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O parlamentar petista mencionado, que é autor de uma notícia-crime contra o ministro por suposta ameaça, decidiu dar o aviso no decorrer da sessão.
“Queria dizer que quem decide sobre o voto impresso não é Vossa Excelência. É o Congresso Nacional. A Vossa Excelência, caberá obedecer. Caso não obedeça, será preso”, afirmou o petista.
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Ademais, o militar ainda foi convidado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara para realizar esclarecimentos a respeito de uma nota divulgado em conjunto com os comandantes das Forças Armadas, em que fez críticas a declarações do senador Omar Aziz, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia.
O parlamentar do Partido dos Trabalhadores também comentou a nota.
“Ameaçar uma CPI também é motivo de crime e Vossa Excelência pode responder criminalmente”, afirmou ele.