O Procurador-Geral da República (PGR), Augusto Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra Joice Hasselmann, deputada federal pelo estado de São Paulo, para apurar possíveis indícios de quatro crimes: constrangimento ilegal, difamação, falsidade ideológica e associação criminosa.
A motivação para essa investigação seria uma reportagem realizada pela CNN Brasil, em que ex-funcionários da deputada a acusam de produzir notícias falsas contra adversários.
Em um relatório de 6 páginas, o PGR elencou os possíveis crimes cometidos pela parlamentar. “Constrangimento ilegal, previsto no artigo 146 do Código Penal (por ter a representada supostamente constrangido seus assessores, mediante grave ameaça, a criar perfis falsos em redes sociais); difamação, previsto no artigo 139 do Código Penal (por ter a representada e seus assessores supostamente imputado a terceiros fatos ofensivos às suas reputações); falsidade ideológica, previsto no artigo 299 do Código Penal (face à suposta criação de perfis falsos em redes sociais, por meio da utilização de números de CPFs falsos); associação criminosa, previsto no artigo 288 do Código Penal (por ter havido suposta associação de várias pessoas, parta o fim específico de cometer crimes).”
O ministro Luís Roberto Barroso, magistrado do STF que avalia o pedido do Procurador-Geral, determinou que haja mais diligências antes de autorizar a instauração do inquérito.
Joice Hasselmann se pronuncia
Através de suas redes sociais, Joice Hasselmann se pronunciou sobre o assunto. Ela chamou o procurador de bolsopetista e insinuou que esteja sendo vítima de perseguição.
“O PGR Bolsopetista, Augusto Aras, dá um lance antecipado para tentar arrematar a nova vaga aberta no STF. Hoje – NO MESMO DIA Q O MP DENUNCIA FLAVIO BOLSONARO – ele pede ao STF instauração de inquérito contra mim por causa da denúncia Fake de dois picaretas — declarou.
“É evidente que o Aras está sendo boneco de ventríloquo do Palácio do Planalto, em função da minha candidatura à Prefeitura de SP. Beira a criminalidade o uso da mais alta instância do MP como instrumento político de perseguição com escancarada subserviência ao Executivo” — acrescentou.
Fonte: CNN Brasil