Nesta segunda-feira (24), o presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD), fez ameaças ao general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde. O congressista disse que se o militar “mentir de novo à comissão sairá algemado da sessão”. O requerimento para a reconvocação de Pazuello será votado na quarta-feira (26).
“Não posso afirmar que vou prendê-lo, mas pode ter certeza que, se ele mentir… se ele tiver um habeas corpus, eu não poderei prendê-lo. Manda ele sem habeas corpus lá, ele não vai brincar mais com a CPI e a população brasileira. O desrespeito não foi a mim e aos senadores. Foi um desrespeito à sociedade brasileira e ao Exército brasileiro. Se ele mentir, sairá algemado de lá” — afirmou Aziz durante entrevista ao UOL Entrevista, conduzido pelos jornalistas Fabíola Cidra, Josias de Souza e Thaís Oyama.
Para justificar a reconvocação do general, o senador alegou que o militar, no primeiro depoimento, teria dado versões conflitantes acerca das negociações por vacina por parte do governo federal, por isso há o requerimento para ouvi-lo novamente.
“Quando eu digo ‘no máximo o presidente mentiu, e mentira não leva ninguém à cadeia’, é baseado no que o Pazuello falou. O presidente, um dia, diz que quem manda é ele e que não vai comprar vacina nenhuma. Aí o Pazuello chega, a gente faz essa pergunta e ele diz: ‘não, eu nunca recebi essa ordem, por isso estava negociando a vacina’. Foi baseado nisso” — declarou Aziz.
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