dezembro 10, 2024

Procurador culpa o STF pelo aumento da violência no Rio de Janeiro: “esta conta é do Supremo, não é da Polícia”

Nesta sexta-feira (28), o procurador de Justiça Marcelo Rocha Monteiro, em entrevista à Rádio Bandeirantes, deu uma informação completamente assustadora. Segundo ele, o efetivo de traficantes no Rio de Janeiro já é maior que o da Polícia Militar do Estado Fluminense [PM-RJ].

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De acordo com estimativas citadas pelo procurador, os traficantes teriam uma força de 56 mil criminosos, fortemente armados, divididos entre várias facções — que se digladiam pelos pontos de venda de drogas — as quais controlam cerca de 1.400 comunidades cariocas. Enquanto isso, o efetivo da Polícia Militar é de apenas 44 mil policiais.

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A entrevista concedida por Marcelo Rocha Monteiro à Rádio Bandeirantes ocorreu no âmbito dos últimos confrontos entre traficantes no Rio, especificamente no complexo de São Carlos, na última quinta-feira (27). Segundo informações do G1, em torno de cinco pessoas morreram. Um das pessoas mortas no confronto entre marginais foi Ana Cristina da Silva, uma jovem mãe, de apenas 25 anos, que morreu protegendo seu filho pequeno.

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O procurador colocou na conta do Supremo Tribunal Federal (STF) os confrontos entre criminosos e isentou a Polícia. Para o agente público, o motivo do aumento da violência no Rio seria uma decisão concedida por Edson Fachin, ministro do STF, a qual limita a atuação dos policiais cariocas nas comunidades.

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“Você tem três meses, ou dois meses e meio — junho, julho, agosto — de uma decisão absurda do Supremo Tribunal Federal impedindo a Polícia de atuar nesses locais. A Polícia do Rio de Janeiro está impedida de atuar exatamente onde está esses criminosos. Ela pode atuar no Shopping Center, no Lebrom, numa praia da Barra da Tijuca… aí ela pode. Lá nas favelas, onde o crime se encontra, onde o crime está com a força que vimos ontem, aí a Polícia não pode agir” — disse o procurador.

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“É importante que a população do Rio de Janeiro e do Brasil saiba que ‘esta conta é do Supremo’, não é da Polícia do Rio. A Polícia do Rio, desde de 2018, vem obtendo redução significativa de índices de criminalidade. […] Bateu alguns recordes: menor número de homicídios desde a série histórica em 1991, redução de mais de 35% de roubo de carga, emfim. Será que é coincidência que poucos meses depois dessa decisão desastrada do Supremo que a gente volte a ver essas cenas de terror, que a gente acreditava — se não superada — bastante minimizada no Estado? É claro que não é — pontuou Marcelo Rocha Monteiro.

Vale muito apena assistir a entrevista do procurador Marcelo Rocha Monteiro. Confira:

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