Randolfe Rodrigues aciona o STF para que Bolsonaro explique motivação de viagem à Rússia

O ex-vice-presidente da famigerada CPI da Pandemia, senador Randolfe Rodrigues (REDE), resolveu acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) mais uma vez contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

Nesta sexta-feira (18), o parlamentar protocolou um pedido junto à Suprema Corte para que sejam apuradas as circunstâncias da viagem da comitiva do chefe do Executivo à Rússia.

Na petição, Randolfe lembra que os serviços de inteligência dos EUA relataram ao Congresso do país que a Rússia teria tentado interferir no pleito presidencial de novembro de 2020 em favor da reeleição do então presidente Donald Trump.

“Salta aos olhos como o discurso se alterou após a derrota de Trump na eleição para presidência dos EUA. O governo Bolsonaro, subserviente aos interesses de Trump, deixou de ter contato com aquele país, e agora volta seus interesses para Rússia” — diz o senador na ação.

O pedido do parlamentar de esquerda foi protocolado no mesmo inquérito que apura a realização de atos com supostas “pautas antidemocráticas” no país.

Na ação, Randolfe cogita que a visita de Bolsonaro ao Kremlin (sede do governo russo) possa representar um risco às eleições presidenciais deste ano.

“Qual é a verdadeira razão para uma viagem à Rússia em momento internacional tão delicado, com ausência de ministros e a presença de numerosos integrantes de seu gabinete do ódio, e no início do ano eleitoral, cujo pleito, ao que indicam as pesquisas de intenções de votos e de rejeição ao governo até o presente momento?” — indaga Randolfe.

No pedido encaminhado ao STF, Randolfe solicita que sejam tomados os depoimentos do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro e do assessor-especial da Presidência da República, Tércio Arnaud, que acompanharam o presidente na comitiva.

Randolfe Rodrigues, em sua representação no STF, pede ainda a divulgação da agenda individualizada de cada um dos integrantes da viagem, com a exposição sumária dos temas tratados e a apresentação dos resultados individualizados e concretos das agendas dos integrantes da comitiva presidencial, inclusive e sobretudo de integrantes de um suposto “gabinete do ódio”.

Read Previous

Deu ruim? Flávio Bolsonaro irá representar Randolfe Rodrigues no Conselho de Ética

Read Next

Sergio Moro fala em desistência de concorrer a presidência, mas impõem condição