O líder da oposição no Congresso Nacional do governo Bolsonaro, o senador Randolfe Rodrigues afirmou que Bolsonaro vencerá as eleições caso o petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não seja mais “plural e vencer no primeiro turno.
Randolfe, que é o coordenador de campanha de Lula, externou a sua preocupação com as eleições presidenciais, e disse que Bolsonaro se encontra mais forte que em 2018 por ter ampliado seu diálogo com o Centrão.
“Se a esquerda, os progressistas, os democratas, os republicanos e os liberais não se esquecerem dos rancores que os dividiram no passado e não compreenderem que têm um papel imediato em combater essa estratégia, Bolsonaro vai ser reeleito”, disse ele.
Outrossim, em tom de “autocrítica”, o congressista avaliou que a campanha de Lula concluiu que falta contato do petista com o povo nas ruas, além de outros diferentes aspectos como sociais, midiáticos e políticos.
“A campanha de Lula, e faço uma autocrítica porque estou nela, tem que ir para a rua, chamar toda a sociedade para conversar. Conversar com os sem-terra e com o agronegócio. Com o bancário, e com banqueiros. Conversar com os rincões da Amazônia e com a zona sul do Rio de Janeiro. Tem que caminhar pelo Nordeste, mas também pelo Sul. Conversar com o chão de fábrica e com a Faria Lima. Tem que conversar com a mídia alternativa, mas também com a Globo e a Record. Não deve ser uma candidatura da esquerda, mas sim uma candidatura da união nacional”, disse ele.
Ademais, o senador crê que o Partido dos Trabalhadores deveria apostar no diálogo, incluindo até mesmo a chamada “terceira via”, com o intuito de fazer parcerias para aumentar as chances de derrotar o atual mandatário. Por fim, ele também defendeu uma reconciliação com a ex-senadora Marina Silva e o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes.
“Acho que a candidatura do Lula tem de ter diálogo. A candidatura do Ciro Gomes não é uma candidatura antagônica e inimiga, e o gesto de diálogo e generosidade tem que partir da campanha do Lula, que está na frente. A campanha da Simone Tebet, do MDB, não é uma campanha inimiga, e também deve partir da campanha do Lula o gesto de generosidade para dialogar com ela. Eu diria até que nem a candidatura de Doria e Eduardo Leite são inimigas e antagônicas. A de Janone também. São candidaturas da democracia, do campo democrático, duelaram, polarizaram na política dos últimos anos, mas diante das ameaças fascistas não podem ser inimigas”, afirmou.