Senador Girão faz alerta após decisão do STF sobre Francischini: ‘estamos alimentando a ditadura do Poder Judiciário’

Nesta terça-feira (07), a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal revogou, por três votos a dois, a decisão do ministro Kássio Nunes Marques que devolvia o mandato do deputado estadual Fernando Francischini, cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em outubro do ano passado, sob a acusação de disseminar “fake news”. Na tribuna do Senado, o congressista fez um alerta sobre o avanço das “barbaridades” cometidas por magistrados das cortes superiores.

Girão elogiou a liminar concedida por Nunes Marques que devolvia o mandato de Francischini, e debochou da velocidade com que a Suprema Corte resolveu pautar o tema.

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“Na última quinta-feira, ele decidiu, no meu entender, corretamente, pela suspensão da cassação do Deputado Estadual Francischini, do Paraná, feita pelo TSE, por causa de uma declaração a respeito da urna eletrônica, feita ainda em 2018 e considerada fake news pelos arautos da verdade. É bom lembrar que estamos falando do Deputado mais bem-votado do Paraná, com mais de 427 mil votos, se aproximando de meio milhão de votos, e da vontade da população paranaense. Olhem como isso é emblemático! Numa rapidez impressionante, o STF marcou para hoje a deliberação, na Segunda Turma, aquela mesma 2ª Turma que durante a pandemia dava empate o tempo todo, porque tinha um que tinha pedido licença, um dos ministros, e sempre ia liberando os réus da Lava Jato”, disse Girão.

O parlamentar acrescentou: “dormem por muitos anos centenas de processos por crime de corrupção que chegam a mais de R$1 bilhão, R$1 bilhão envolvendo centenas de Parlamentares. Mais de 20 políticos corruptos já foram beneficiados pela prescrição de seus crimes”.

O senador afirmou ainda que em uma democracia ninguém deve ser punido por “crime de opinião”.

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“Essa sentença arbitrária, do TSE, associada aos procedimentos em curso, no famigerado inquérito de fake news, demonstra que estão em curso inovações jurídicas que escapam à compreensão de grandes juristas, como o Dr. Ives Gandra Martins, uma perigosa construção de jurisprudência tendenciosa sobre fake news, com claro sinais de intimidação, de intimidação àqueles que pensam diferente e que ousam denunciar o sistema”, disse o senador.

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