Senador Girão pede que Pacheco marque sabatina sem Alcolumbre: ‘esta situação já extrapolou todos os limites éticos!’

O senador Eduardo Girão, durante discurso na tribuna do Senado, prestou apoio a uma questão de ordem do senador Lasier Martins, explicando que a situação envolvendo André Mendonça – indicado do presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal – já ultrapassou os limites do aceitável. O parlamentar disse:

“No dia 12 de julho – 12 de julho –, o Ministro Marco Aurélio se aposentou. No dia 3 de agosto, chegou ao Senado a indicação feita pelo Presidente da República do nome do Dr. André Mendonça para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal. Amanhã – amanhã –, dia 19, completaremos 90 dias de inoperância, infelizmente deliberada, da CCJ, principal Comissão deste Senado Federal, que se recusa, se esquiva a marcar a data da sabatina, descumprindo um dever constitucional”.

Você pode se interessar:

1 – Eduardo anuncia que entrará com processo contra ‘doutor’ por ataques contra Jair Bolsonaro e sua família

2 – Rachel Sheherazade chama atentado contra Bolsonaro de “facada mal-sucedida”; Ministro rebate duramente

3 – Deputada Mara surpreende, se levanta contra postura do STF, aponta arbitrariedades e conclama o Congresso a abandonar a covardia

Girão ressaltou que, em menos de 5 anos, o STF já alterou duas vezes o próprio entendimento acerca da prisão em segunda instância, com resultados determinados por uma diferença de um voto. Além disso, ele afirmou: “Desde julho, repito, por absoluta irresponsabilidade nossa, do Senado Federal, todos os brasileiros estão sujeitos a novos julgamentos polêmicos e controvertidos que podem, pela diferença de apenas um voto, causar verdadeiras tragédias à sociedade dificílimas de serem reparadas”.

Ele acrescentou:

“O que está acontecendo na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, a CCJ, é algo vergonhoso”. Girão prosseguiu: “Por que tanta resistência ao nome de André Mendonça? Será que é o seu perfil conservador? Será que é por causa da sua reputação ilibada? Será que é porque pode trazer novos ares, sem ativismo político? Ninguém tem o direito, ninguém tem o direito de se apropriar do que é público em benefício seja pessoal, seja de interesses políticos atendendo a interesses não republicanos, perdendo consequentemente a autoridade moral para presidir uma Comissão de tamanha importância nesta Casa”, disse o congressista.

“O sistema não está deixando ele entrar. Já passou da hora de tomarmos atitudes condizentes com aquilo que a população espera de nós. Para finalizar, esta situação já extrapolou todos os limites éticos!”. Girão concluiu lembrando que a situação vem afetando a imagem do senado e dos senadores. Ele disse: “Ficou tão feio, está tão feio que a gente precisa evoluir para tomar uma decisão para o bem do Brasil, para o bem da Nação. Então, eu conto com o seu coração bom, com o seu amor pela Pátria, para que a gente possa, de alguma forma, trazer o nome… Votar “sim” ou “não” vai depender da gente, mas a data é importante ser confirmada, porque, a cada dia que passa, a nossa credibilidade nas ruas fica ruim. Eu sou cobrado, sei que o senhor é cobrado. E eu acho que já não dá mais!”, finalizou ele.

Read Previous

Sem nenhum pudor, jornalista usa morte de Marília Mendonça para atacar Bolsonaro

Read Next

Após atitude de Toffoli, ministro Marco Aurélio diz que por isso STF “quase não é levado a sério” hoje em dia