O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a criticar a condução da CPI da Pandemia, a qual transcorre no Senado Federal.
Ao falar sobre as tratativas do Governo Federal para aquisição da vacina Covaxin, de origem indiana, o presidente acusou a comissão de tentar imputar um crime à sua gestão. Ele explicou que para o imunizante ter sido comprado teria que passar por uma série de fases — incluindo a aprovação da Anvisa e o veredito da CGU, que, segundo ele, “faz um pente fino nos contratos” do Poder Executivo Federal.
Aproveitando o ensejo, Bolsonaro detonou o presidente da CPI, senador Omar Aziz, e o relator, senador Renan Calheiros. O presidente da República acusou Aziz de ter desviado R$ 260 milhões de reais do Estado do Amazonas quando era governador. O mandatário ainda citou os diversos inquéritos que pesam contra Calheiros no STF.
“Lá no Ministério [da Saúde] tem 3 ou 4 filtros: o cara que importa, o cara que paga […]. E tem o filtro meu: Só compra com a Anvisa. Estou cansado de falar isso. A Covaxin não tinha passado pela Anvisa. E tem mais: depois tem a CGU (Controladoria-Geral da União). Por que não tem corrupção no Governo? Porque a Controladoria-Geral da União, que tem um ministro à frente dela, faz um pente fino na maioria dos contratos. E depois ainda tem o Tribunal de Contas da União (TCU). Como é que você vai fazer uma sacanagem dessa? Só na cabeça de uma cara que desvia R$ 260 milhões, como Omar Aziz desviou, pode falar isso. Só um cara que tem 17 inquéritos por corrupção e lavagem de dinheiro no Supremo, como Renan Calheiros, pode dizer isso” — disse Bolsonaro.
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