O governador afastado do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), mesmo diante da possibilidade de vir à perder seus direitos políticos por conta do processo de impeachment vem sofrendo, afirmou manter viva a esperança de um dia se tornar presidente da República.
Apesar de tudo, ele afirma que não deseja se afastar da política.
“Não quero me afastar da política. Entendo que precisamos fazer muito pelo Brasil. Pretendo trabalhar minha reeleição como governador, mas não descarto a possibilidade de ser candidato a presidente. Acho que o que temos hoje no cenário é muito ruim, mas é evidente que não sou candidato de mim mesmo”.
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Para Wilson, o presidente Jair Bolsonaro tem parcela de culpa sob a ação que pode culminar na sua cassação.
“Certamente tem o dedo dele. Quem começou essa denúncia junto com a Lindôra foi o (deputado bolsonarista) Otoni de Paula. E há informações de que o dossiê contra mim foi elaborado dentro do Palácio do Planalto junto com o Otoni de Paula, tanto que ele é citado pela Lindôra no início da investigação. Você vê que é um movimento orquestrado do presidente contra os governadores”.
Por fim, ainda na entrevista concedida ao jornal Estadão, Witzel ataca o presidente da Assembleia Legislativa do Rio e também Bolsonaro.
“O Rio tem hoje na presidência da Assembleia Legislativa um desorientado. Uma pessoa que tem várias investigações contra ela, que tem medo de ser presa e patrocinou junto com outro desequilibrado, que é o presidente da República, o impeachment contra mim”, diz ele.