admin A CPI da Pandemia, que transcorre no Senado Federal, se tornou um campo de batalha durante a sessão desta terça-feira (21). Logo na abertura da comissão, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, rebateu o presidente da CPI, senador Omar Aziz.
Na semana passada, Aziz acusou Rosário de “prevaricação” por, supostamente, saber de irregularidades ocorridas no Ministério da Saúde durante a pandemia e não tomar nenhuma decisão.
“O que ele tem que explicar não é as operações que ele fez, é a omissão dele em relação ao governo federal. Tem que vir, mas não tem que vir para jogar para a torcida, não. Ele vai jogar aqui é no nosso campo. E Wagner Rosário, que tinha acesso a essas mensagens (sobre negociações de compra de vacinas pelo Ministério da Saúde) desde 27 de outubro de 2020, ele é um prevaricador” — disse o senador na ocasião.
Na abertura da sessão de hoje, o ministro não se intimidou e disse, cara a cara, que o Senado Federal é o “campo” de qualquer brasileiro.
“Essas foram as palavras, as justificativas, apontadas pelo presidente da CPI para minha vinda a CPI hoje. Primeiro lugar, oh, senador Omar Aziz, eu gostaria de dizer ao senhor que a CGU não é minha. Ela é um órgão de Estado, que presta serviços ao povo brasileiro, assim como aqui não é o seu campo” — declarou Wagner Rosário.
“Aqui é o meu campo, aqui é o campo do seu Zé, da dona Maria e de qualquer brasileiro que exercendo seu direito a voto, escolhe seus representantes. Em segundo lugar, demonstrarei que muita coisa debatida no âmbito dessa CPI teve origem produzida em materiais da CGU, do Ministério Público e da Polícia Federal. Respeitando o devido processo legal” — completou.
Veja a fala do ministro:
