admin O presidente da República, Jair Bolsonaro, participou neste sábado da Marcha para Jesus que ocorreu em Balneário Camboriú (SC). O evento contou com a presença de milhares de pessoas.
Em um discurso bastante inflamável, o presidente voltou a criticar — indiretamente — ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o seu principal concorrente na corrida presidencial, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Sem fazer uma citação direta aos integrantes do STF, o presidente disse que existe indivíduos que desrespeitam a constituição e que “cada uma dessas pessoas quer a sua própria carta magna”.
Em seu discurso, o presidente ainda destacou que não pode ficar calado quando “o mal acontece com os outros”, pois, segundo ele, esse mal pode bater cedo ou tarde na nossa porta. Bolsonaro ainda afirmou que por isso tem “jogado dentro das quatro linhas da Constituição”, mas, se preciso for, ele vai agir.
“Muita gente sofreu ao longo destes últimos dois anos. Muitos inocentes sofreram com a perda daqui que é mais sagrado para cada um de nós: a liberdade”, disse Bolsonaro, citando um verso bíblico e deixando a entender que não agiu por causa de informação do povo.
“O que eu falo não é em vão. Não podemos admitir que enquanto estiver acontecendo algo de mal para os outros, nós fiquemos calados do lado de cá. Esse mal vai bater na sua porta um dia. Sempre que eu falo das 4 linhas da constituição, tenho certeza que — e cada vez mais parece que será preciso —, nós tomaremos as decisões devem ser tomadas”, afirmou Bolsonaro emendando que um exército que aproxima dos 200 milhões de pessoas.
“Não podemos esperar chegar 2023 ou 2024 e olhar para trás e perguntar a nós mesmos o que não fizemos para que chegássemos a essa situação difícil de hoje. Nós somos a maioria! A democracia é vocês”, disse Bolsonaro citando um outro verso bíblico e afirmando que o maior pecado é a omissão.
O presidente ainda pediu que as pessoas “conversem com quem está ao seu lado para que eles estejam esclarecidos a respeito do que venha acontecer”.
Essa declaração do presidente, sem sombra de dúvida, releva o forte clima de tensão que existe entre os poderes constituídos.
Veja o discurso completo do presidente:
